domingo, 25 de maio de 2008

Medicamentos Genéricos vs Medicamentos de Marca

Segundo um estudo que avaliou em que medida o nome
da doença pode influenciar a crença sobre o uso de
medicamentos (genéricos e de marca) em indivíduos
saudáveis, e (2) a existência de eventuais diferenças de
género associadas às crenças sobre a medicação para
doenças específicas. Participaram neste estudo 144 indivíduos
saudáveis (54% mulheres) que completaram um
questionário constituído por vignettes em que diferentes
prescrições (genérico/marca) foram dadas para a mesma
doença. Foram utilizados quatro nomes de doença: gripe,
amigdalite, asma e angina de peito. Os resultados indicam
que existem efeitos de interacção entre tipo de medicamento
e doença. Os participantes concordam com a
prescrição do medicamento genérico para todas as doenças,
no entanto esta concordância diminui significativamente
à medida que a gravidade da doença aumenta. Verificaram-
se ainda diferenças de género em relação à crença
na eficácia dos medicamentos genéricos para as diferentes
doenças. Os homens associam o uso do medicamento
genérico a doenças que consideram menos graves,
enquanto as mulheres associam a utilização do medicamento
de marca a doenças percepcionadas como mais
graves. Apesar do seu carácter exploratório, este estudo
levanta questões importantes no que se refere a aspectos
subjectivos relacionados com a escolha e uso de medicamentos,
o que pode ter implicações para a saúde em
geral e para a adesão a regimes terapêuticos.

terça-feira, 13 de maio de 2008

A embalagem dos genéricos


Jornal de Noticias

A culpa é dos médicos e dos farmacêuticos !

Os médicos violam a lei que os obriga a receitar pela denominação comum internacional (DCI) os medicamentos para os quais existam alternativas genéricas e as farmácias não procedem à substituição de fármacos de marca por genéricos, apesar de os médicos o permitirem em mais de metade dos casos. São estas as razões encontradas pelo Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed) para a ainda reduzida expressão do mercado de genéricos. Os médicos defendem-se com argumentos de confiança e farmacovigilância e as farmácias escudam-se numa lei que as impede de substituir medicamentos e entrega esse ónus ao doente.

Segundo um estudo do Observatório do Medicamento do Infarmed, os clínicos só prescrevem pela substância activa em 29,2% dos casos em que são obrigados a fazê-lo (ou seja, em 45% de todas as prescrições, por envolverem substâncias com genéricos). Contudo, em 56% dessas prescrições, autorizam expressamente a substituição na farmácia (3,1% das vezes) ou são omissos (52,5%) ou colocam cruz na autorização e na não autorização (0,4%), equivalente estas duas últimas opções à autorização tácitas. Analisando a receita de fármacos incluídos no sistema de preços de referência (SPR, em que o reembolso do Estado é pelo valor do genérico mais caro), as autorização desce para 2,7% e a permissão tácita para 50,8%.

Ora, acrescenta o estudo, as farmácias apenas dispensaram genéricos em 11,6% das receitas em que a substituição era possível e a alternativa existia. Quando a prescrição era de um medicamento de marca abrangido pelo SPR, apenas foram efectuadas 0,4% das substituições possíveis nas farmácias.

Se, no que toca a médicos, o incumprimento da lei é claro, no que toca a farmácias, o Infarmed avança como justificações para a não dispensa de genéricos a não existência em stock, o desinteresse do farmacêutico que não explica as alternativas ao doente, ou a recusa do próprio doente. Em jeito de conclusão, é sugerido o aumento da sensibilização dos profissionais, da fiscalização do receituário e da penalização do incumprimento. A par disso, o Infarmed aponta a necessidade de alterar a receita (cujo actual modelo foi introduzido em 2002) de modo a fomentar maior prescrição de genéricos, bem como a alargar o sistema de receita electrónica.

Medidas que, recorda o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Aranda da Silva, foram propostas bastas vezes à tutela. "A grande conclusão é que em 70% dos casos não há cumprimento da legislação pelos médicos", diz, rejeitando qualquer ilegalidade no facto de as dispensa de genéricos ser "pouco frequente", como realça o estudo. "A capacidade de manobra das farmácias é muito reduzida quem decide, em primeiro lugar, é o médico, e depois o doente". E a prática diária nas farmácias aponta para que "a maior parte das vezes o doente quer alterar a prescrição do médico".

A mesma defesa é assumida pelo presidente da Associação Nacional de Farmácias. Lembra João Cordeiro, citado pela Lusa, que "a lei apenas exige que o farmacêutico informe (o doente) sobre os medicamentos disponíveis", só podendo alterar a prescrição com autorização do doente. Por isso é que, como Aranda da Silva, João Cordeiro sugere a alteração da legislação, no sentido de o farmacêutico poder alterar a prescrição sem permissão do médico nem do doente. Aranda da Silva sugere um modelo como o da maioria dos países europeus, em que a cruz existe apenas para o médico impedir a substituição, mas exige justificação das razões.


"A mudança da receita parece-me óptima", reage Pedro Nunes, bastonário da Ordem dos Médicos. "Que lhe retirem as cruzinhas". E 3% dos médicos autorizarem a substituição dos medicamentos é um número "exageradamente alto". "Não descansarei enquanto não forem 0%", diz, preferindo apostar no aumento da prescrição de genéricos pelo médico. Mas, para isso, é preciso "confiança", só possível com "mais informação sobre os genéricos" e sem lhes trocarem as receitas. Assim, não só se "perde" a confiança como se colocam em questão a farmacovigilância. "Se um doente está habituado a um comprimido azul e leva para casa um vermelho, pode pensar que são dois diferentes e tomar a dose a duplicar. Acontece, porque nem toda a gente é farmacêutico e há quem não saiba ler".

terça-feira, 29 de abril de 2008

Ratiopharm

Maior portfólio de medicamentos genéricos em PortugalProduzimos anualmente mais de 320 milhões de embalagens 10 mil milhões de comprimidos 114 milhões de supositórios 1.087 toneladas de loções/cremes 142 milhões de ampolas 7 milhões de litros de líquidos 38.000 litros de suspensões 820 milhões de blisters

Dados de 2006 do mercado português

Em 2006, o mercado português de medicamentos genéricos vendeu 503 milhões de euros, preço de venda ao público (PVP), correspondentes a cerca de 24 milhões de unidades. Relativamente a 2005, o mercado de genéricos cresceu 18,39 por cento em valor e 13,56 por cento em unidades vendidas. Em 2006, o mercado português de medicamentos genéricos vendeu 503 milhões de euros, preço de venda ao público (PVP), correspondentes a cerca de 24 milhões de unidades. Relativamente a 2005, o mercado de genéricos cresceu 18,39 por cento em valor e 13,56 por cento em unidades vendidas.

Estes dados referem-se ao mercado farmacêutico em regime de ambulatório e resultam de uma análise ratiopharm baseada em dados IMS, empresa que analisa este sector.

O mercado farmacêutico total registou, em 2006, vendas superiores a 3,4 mil milhões de euros, sendo que os medicamentos genéricos conquistaram uma quota de 14,58 por cento, com um crescimento de 18,39 por cento, em comparação com 2005, refere a empresa em comunicado.

A ratiopharm, multinacional alemã líder nacional no mercado de genéricos, alcançou uma quota de 19,15 por cento das unidades vendidas neste período, consolidando assim a sua posição de liderança. Comparativamente a 2005, a ratiopharm obteve um crescimento de 7,05 por cento em unidades, 8,82 por cento em valor, o que corresponde a vendas na ordem dos 57 milhões 968 mil euros e quatro milhões e 666 mil unidades.

terça-feira, 22 de abril de 2008

A escolha é SUA

O utente é o elemento mais prejudicado com o elevado preço dos medicamentos deve também ser ele quem decide o que vai comprar , podendo assim desfrutar do baixo preço dos Genéricos.
Hoje em dia existem genéricos na maior parte das áreas terapêuticas e com uma variedade enorme.
Para tal efeito a Infarmed criou um Guia dos Genéricos .

Guia dos genéricos
(guia dos genéricos disponíveis no mercado para o telemóvel ou pocket PC )


Para que pagar fortunas se pudemos poupar?

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Venda de Medicamentos na Internet


A partir do dia 15/ 04 / 2008 ;
Poderão vender medicamentos através da Internet - e também por telefone ou telefax - as farmácias e os locais de venda de Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM), estes últimos apenas quando os fármacos não precisam da prescrição do clínico.
De acordo com responsável, esta transacção deverá ser sempre supervisionada por um farmacêutico (no caso de uma farmácia) ou de um técnico (no caso dos locais de venda de MNSRM). A venda será sempre presencial e, quando existir uma receita médica, a mesma terá de ser apresentada ao responsável. Uma vez que esta venda implica uma deslocação, as farmácias poderão cobrar uma taxa, a qual não tem um limite definido, cabendo à farmácia estabelecer esse valor.

De acordo com a Associação de Farmácias de Portugal , esta prática não tem muitas vantagens.
Perde-se o contacto com o doente e o farmacêutico e cria-se no doente um estado de insegurança devido ao elevedo numero de sites que vendem medicamentos sem serem farmacias ou locais de venda de MNSRM.